Notícia auspiciosa para todos nós que ao honrarmos
Nossa Senhora da Vitória como Padroeira da Cidade, fazemos memória de Santo
Antônio, também Padroeiro da Cidade de Vitória com todo o mérito e distinção.
Aliás, o motivo forte de o Santuário ter-se tornado BASÍLICA vem da razão –––
além de seu imponente e belo estilo arquitetônico ––– de venerarmos a Santo
Antônio que deu nome a esta Ilha Capital, antes mesmo de ter sido chamada de
Vitória. Com isso, fica patente, e agora de forma mais intensa, a religiosa conexão
entre a Catedral de Vitória e o Santuário-Basílica de Santo Antônio: Maria, Mãe
de Deus que é Jesus, junto a este devotado seguidor de Nosso Senhor e grande
missionário do Evangelho.
O privilégio de termos uma BASÍLICA ––– por agora a
única no Estado ––– redobra a nossa responsabilidade de Igreja que quer
continuar a se fazer viva entre nós, por um perfil cristão, não só de
acolhimento, mas de um eficaz e fecundo impulso apostólico para a Cidade
inteira, a provar a consistência, pela devoção e liturgia, de um legítimo
testemunho e missão.
O Santuário de Santo Antônio é, a partir de agora,
BASÍLICA, e BASÍLICA MENOR, para esta Cidade histórica e quatro vezes
centenária de Vitória, uma vez que as Basílicas denominadas Maiores se
encontram em Roma, e que são quatro: São Pedro, no Vaticano; São João de
Latrão, a Catedral do Papa; Santa Maria-Maior e São Paulo, das quais todas as
Basílicas que existem em outros lugares e países derivam e recebem as
prerrogativas próprias para as práticas pastorais – sacramentais, junto aos
fiéis que a essas acorrem com a largueza de alma e disposição de fé.
O termo Basílica – do grego – “A casa do Rei”, o
Basileus, designava, originariamente, o lugar de reuniões, de encontros para
estabelecimento de decisões e direcionamentos constitucionais e de cunho
assemblearista. Séculos idos, passou a designar monumentos e Templos
Religiosos, como Igrejas, nas quais se honrariam a Deus, Soberano, Único e
Verdadeiro Senhor, espaço sagrado para a reconciliação, absolvições, bênçãos, rumo
à mudança de ordem interior na vida, força e vigor na existência e esperança
cristãs.
O Santuário-Basílica de Santo Antônio,
distinguir-se-á, eclesial e pastoralmente, por ser tão somente ––– em estreita
comunhão com a Sé-Apostólica em Roma ––– o Templo indicado e aberto aos
significativos eventos religiosos que venham a se tornar acontecimentos de
Igreja, fazendo-se, por essa razão, espaço sagrado e acolhedor também dos que
chegam de todas as partes e rincões. Caracterizar-se-á como lugar fortalecedor
dum impulso renovador de Igreja a estimular, no contexto de nossa realidade
urbana, uma prometente ação pastoral transformadora. Para tanto, que se
multipliquem, na freqüência à Basílica, os servidores do Reino, povo de Igreja,
sacerdotes, religiosos, a exercerem seus ministérios com Encontros,
peregrinações, celebrações litúrgicas que reúnam e dêem vigor a u’a comunhão de
Igreja em sintonia aos apelos e carências do povo de fiéis.
Agradecidos pela distinção que Roma, por intermédio
do Papa Bento XVI, nos agraciou, empenhemo-nos por dar e testemunhar a razão de
nossa fé e de nossa esperança (cf.1Pd.3,15), n’Aquele que nos reconciliou com o
Pai (cf. 2Cor.3,18) para que tempos novos venham como um bem e graça do alto
(cf. 2 Cor.5,17).
Padre Roberto Camillato
Religioso Pavoniano, Congregação Religiosa Instituto dos Filhos de Maria Imaculada
Nenhum comentário:
Postar um comentário