Padre Roberto Camillato

Padre Roberto Camillato
Padre Roberto Camillato - Pároco da Paróquia de Santo Antônio e Reitor do Santuário-Basílica - Vitória - Espírito Santo

sábado, 5 de outubro de 2013

O SANTUÁRIO-BASÍLICA DE SANTO ANTÔNIO VITÓRIA - ESPÍRITO SANTO

Na data de 11 de agosto de 2008, a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, organismo da Santa Sé – Roma – emitiu Decreto Canônico elevando o Santuário de Santo Antônio à dignidade de BASÍLICA MENOR.

Notícia auspiciosa para todos nós que ao honrarmos Nossa Senhora da Vitória como Padroeira da Cidade, fazemos memória de Santo Antônio, também Padroeiro da Cidade de Vitória com todo o mérito e distinção. Aliás, o motivo forte de o Santuário ter-se tornado BASÍLICA vem da razão ––– além de seu imponente e belo estilo arquitetônico ––– de venerarmos a Santo Antônio que deu nome a esta Ilha Capital, antes mesmo de ter sido chamada de Vitória. Com isso, fica patente, e agora de forma mais intensa, a religiosa conexão entre a Catedral de Vitória e o Santuário-Basílica de Santo Antônio: Maria, Mãe de Deus que é Jesus, junto a este devotado seguidor de Nosso Senhor e grande missionário do Evangelho.

O privilégio de termos uma BASÍLICA ––– por agora a única no Estado ––– redobra a nossa responsabilidade de Igreja que quer continuar a se fazer viva entre nós, por um perfil cristão, não só de acolhimento, mas de um eficaz e fecundo impulso apostólico para a Cidade inteira, a provar a consistência, pela devoção e liturgia, de um legítimo testemunho e missão.

O Santuário de Santo Antônio é, a partir de agora, BASÍLICA, e BASÍLICA MENOR, para esta Cidade histórica e quatro vezes centenária de Vitória, uma vez que as Basílicas denominadas Maiores se encontram em Roma, e que são quatro: São Pedro, no Vaticano; São João de Latrão, a Catedral do Papa; Santa Maria-Maior e São Paulo, das quais todas as Basílicas que existem em outros lugares e países derivam e recebem as prerrogativas próprias para as práticas pastorais – sacramentais, junto aos fiéis que a essas acorrem com a largueza de alma e disposição de fé.

O termo Basílica – do grego – “A casa do Rei”, o Basileus, designava, originariamente, o lugar de reuniões, de encontros para estabelecimento de decisões e direcionamentos constitucionais e de cunho assemblearista. Séculos idos, passou a designar monumentos e Templos Religiosos, como Igrejas, nas quais se honrariam a Deus, Soberano, Único e Verdadeiro Senhor, espaço sagrado para a reconciliação, absolvições, bênçãos, rumo à mudança de ordem interior na vida, força e vigor na existência e esperança cristãs.

O Santuário-Basílica de Santo Antônio, distinguir-se-á, eclesial e pastoralmente, por ser tão somente ––– em estreita comunhão com a Sé-Apostólica em Roma ––– o Templo indicado e aberto aos significativos eventos religiosos que venham a se tornar acontecimentos de Igreja, fazendo-se, por essa razão, espaço sagrado e acolhedor também dos que chegam de todas as partes e rincões. Caracterizar-se-á como lugar fortalecedor dum impulso renovador de Igreja a estimular, no contexto de nossa realidade urbana, uma prometente ação pastoral transformadora. Para tanto, que se multipliquem, na freqüência à Basílica, os servidores do Reino, povo de Igreja, sacerdotes, religiosos, a exercerem seus ministérios com Encontros, peregrinações, celebrações litúrgicas que reúnam e dêem vigor a u’a comunhão de Igreja em sintonia aos apelos e carências do povo de fiéis.

Agradecidos pela distinção que Roma, por intermédio do Papa Bento XVI, nos agraciou, empenhemo-nos por dar e testemunhar a razão de nossa fé e de nossa esperança (cf.1Pd.3,15), n’Aquele que nos reconciliou com o Pai (cf. 2Cor.3,18) para que tempos novos venham como um bem e graça do alto (cf. 2 Cor.5,17).

Padre Roberto Camillato
Religioso Pavoniano, Congregação Religiosa Instituto dos Filhos de Maria Imaculada

Nenhum comentário:

Postar um comentário